quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

. Desabafo .

Por que as coisas têm que ser assim? Eu não queria que fosse desse jeito. Acordar, dormir, sonhar, acordar novamente, e ter você bem aqui perto, como se nunca tivesse partido. Ou eu que parti?

Ainda sentir você em mim me faz achar que estou pecando. Mas é uma sensação tão boa.. eu nunca havia sentido nada parecido. Ainda posso ver seu olhar carente pra mim, segurando um grito de desespero, pedindo - ou quem sabe implorando - pra eu ficar.

Essa noite eu sonhei com você, novamente. Fiquei dividida entre duas coisas: acordar e te esperar na realidade, onde as coisas seriam bem mais intensas, ou continuar contigo nos sonhos, onde eu teria você por perto sempre que quisesse.

A saudade do seu beijo, do seu toque, só me fazem perceber a dor que é ter você bem distante do alcance dos meus olhos. Isso é tão duro para mim, meu bem, você sequer pode imaginar. Mas, mais duro que isso, foi ter que te deixar, sem ter a esperança de ter você de novo.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

. Manhã De Setembro .

Em uma manhã de Setembro, acordei mais cedo que o normal. Às 8:30h da manhã. Calcei minhas pantufas de leão – que tenho desde os 10 anos de idade –, escovei os dentes e desci para a cozinha.

Preparei meu café da manhã: uma xícara de café forte, meio amargo, e algumas torradas com pasta de soja. Liguei o rádio, na minha estação preferida, e meu corpo amoleceu com a melodia suave que eu estava ouvindo.

Eu sei que vou chorar,
A cada ausência tua eu vou chorar.
Mas, cada volta tua há de apagar,
O que esta ausência tua me causou.*

Fiquei ali, parada, na frente do rádio deixando aquela doce melodia me levar para bem longe... Quando percebi, estava na praia de Copacabana, com Alfred. Durante alguns minutos caminhamos lado a lado, sem dizer qualquer palavra.

Após 5 minutos de caminhada, ele segurou minha mão e se pôs a acariciar meus dedos. Sorri e ele devolveu-me o sorriso, porém com um brilho que apenas ele era capaz de doar em um sorriso.

Corri em direção ao mar, e Alfred foi logo atrás de mim. Meu vestido cor rosa claro, na altura do joelho, a essa hora já estava um pouco acima, devido ao forte vento que soprava. E Alfred notou isso. Lançou para mim um sorriso que mais parecia um aviso.

Sentei, então, a poucos centímetros das ondas, admirando o lindo céu azul e o modo como as ondas iam e vinham. Alfred sentou-se ao meu lado, e passou seus braços pelos meus ombros. Ele estava mais que envolvendo-me em seus braços: estava convidando-me a acariciá-lo de alguma forma. Era o jogo que só ele sabia fazer tão bem.

Passei meu braço direito pela sua cintura, prendendo-o com um laço carinhoso e que ele tanto gostava, eu sabia bem. Repousei minha cabeça em seus ombros, e fechei meus olhos para sonhar.

Quando percebi que já estava sonhando, sentei em meu sofá, e abracei minhas pernas. Sorri só de lembrar de quão doces eram as lembranças de Alfred. De quão vivo ele estava dentro de mim. Isso ninguém poderia me tirar.


*Eu sei que vou te amar - Vinícius de Moraes e Tom Jobim.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

. Mais Lágrimas .

Acordar e sentir falta dos sorrisos e abraços que recebi durante muitos dias me fizeram perder a calma. Senti vontade de fechar os olhos e adormecer novamente, para ver se era somente um sonho ruim.
Lágrimas brotaram em meus olhos, e lutei para que elas não caíssem. Seria como uma confissão: eu estava sozinha novamente, sem os olhos que me enchiam de amor e carinho.
Enquanto eu lutava com as gotas salgadas e pesadas – que cresciam a cada segundo – momentos felizes e cheios de amor passaram lentamente em minha mente, como um filme em preto e branco.
Tentei sorrir para enganar as lágrimas, para mostrar a elas que eu estava feliz, e que elas não precisavam machucar minha face, caindo sem parar. Meu sorriso me traiu. Não saiu. Apenas meus lábios contorcidos, prendendo um grito de desespero, apareceu.
Neste momento, meus braços me embalaram num laço de afeto. Lembrei-me dos muitos abraços que recebi durante alguns dias, e que me encheram de amor, carinho, segurança, paz, afeto.
Estava difícil controlar as lágrimas que não paravam de nascer nos meus olhos. Não resisti: chorei. Eram lágrimas pesadas. Fortes. Amargas. Desceram a minha face como uma chuva de lembranças. Chorei. Sofri.
O que me resta, agora, meus amigos, é esperar o futuro, porque ele chega depressa, e com surpresas deliciosas como essa que tivemos. Tenho certeza que ele nos trará novos abraços, sorrisos, chuvas de verão e novas canções.

Eu amo vocês!

Will, foi ótimo conhecer você. Seu cuidado, seu amor, seu carinho.. Tudo me fez muito bem. Espero em Deus que possamos nos encontrar de novo, pra revivermos todos os nossos sonhos. Você me surpreendeu: é mais lindo do que eu pensava! rs

Tio, é sempre muito bom ver você. Desejo que nossa amizade dure para sempre, e que Deus reforce sempre esse nosso cordão de três dobras com o Seu amor. Obrigada por tudo!

Thi, fiquei sem palavras. Esperamos muito tempo por esse encontro, e valeu a pena. Você também me surpreendeu. Quero te ver de novo, de novo e de novo. Já sinto saudade. Quero outros abraços!